Eu recordo sempre da minha infância
Me lembro do bairro onde me criei.
Vivia na roça, que simplicidade,
mas tenho saudade porque lá deixei,
eu recordo sempre da professorinha
e os colegas que eu tinha, onde eu estudei,
eu era feliz só que eu não sabia
que ao passar dos anos
chegaria um dia.
Que tudo iria se acabar de vez..
Tinha uma mata linda,
na beira da estrada.
Borboletas e passaros em multicor.
Um rio cristalino, e a ponte de madeira.
Ipê, e aroeira, enfeitadas de flor.
A água fresquinha, que a sede matava.
Sombra aconchegante, em dias de calor.
Agora sou homem e fico pensando
na destruição que causa o ser humano
acabam com tudo que Deus nos deixou.
Regressei um dia em meu berço querido
fiquei surpreendido quando lá cheguei
o patio da escola virou invernada
e a mata derrubada tambem encontrei
rios que tinham peixes estão assoreados
só um choro d’água foi o que restou
não se ouve mais cantar dos passarinhos
até o joão de barro não faz mais seu ninho
não há mais biquinha
nem paneira em flor.
Letra: Daniel Pinhal
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